O DEVER DE CASA
Quando terminei o capítulo 6 pressenti que deveria divagar a cerca do universo. Coloquei o título e fiquei pensando...
Gosto de imaginar que estou entre as estrelas, no espaço infinito e negro, iluminado apenas pelas luzes e cores dos milhares de sistemas solares. Tão distante que a Terra é apenas um minúsculo ponto num borrão alaranjado de uma pincelada de Deus. Esse é o lugar que posso ir mais distante em minha imaginação.
Esse exercício permite expandir meu próprio universo, mudando o foco e a visão da vida, assim todas as questões ficam simples. Meu egoísmo perde sentido em ser. Diante da imensidão ficamos tão pequenos, que não há espaço para sentimentos mesquinhos.
A carta do cacique Seattle, que minha professora, no primário, distribuiu entre os alunos, veio na minha mente. Depois de fazer essa releitura, após tantos anos e com mais maturidade, percebi a diferença de visão do universo entre nós, seres da cidade grande, e aqueles que vivem num ambiente natural, mais amplo, fora da cidade, no seio da Mãe Natureza.
Onde as luzes da cidade não ofuscam a visão do céu, tão estrelado que parece estar bem mais próximo. A impressão que se tem é que, se esticar os braços na direção do céu, posso alcançar as estrelas com a ponta do dedo indicador. Andar descalço e fazer a ligação “fio-terra” com a Mãe Natureza. Sentir a brisa fresca trazer o aroma que a vasta vegetação exala quando o sol já vai se recolhendo. Ouvir o canto dos pássaros entoarem as mais belas melodias. O som da chuva caindo sobre a relva, o cheiro da terra molhada, as límpidas águas das cachoeiras descendo em abundância rio abaixo. O assobio dos micos pulando entre milhares de árvores. Cenário que a Natureza esculpiu pacientemente por centenas de anos.
Não poderia ter encontrado inspiração mais perfeita, sobre o Universo, que a carta do Cacique Seattle. Posso imaginar o Cacique sentado numa clareira, sob a luz do luar. A fogueira acessa estalando os galhos secos. Os olhares atentos dos jovens guerreiros da tribo, sentados ao redor para ouvirem as sabias exortações do cacique sobre as tradições daquele povo e as leis. Não a lei dos homens, mas as leis do Universo.
A Natureza é nossa mãe porque nos alimenta, abriga, aquece, refresca, mata nossa sede... Dá-nos a vida!
O Universo sobrevive sem o Homem, mas a recíproca não é verdadeira.
Eu não tinha idéia que essas divagações fossem tomar o caminho da questão da destruição do planeta, mas o Cacique Seattle não me deixou alternativa. Ele tocou na ferida. E já que, não só tocamos na ferida, mas enfiamos o bisturi, não dá mais para retroceder... Vamos fazer a assepsia e suturar de uma vez, abordando a questão da recuperação e preservação do planeta.
Segundo declarou o Prof. André Lacombe, responsável pela pesquisa na PUC-RJ, os problemas ambientais são de responsabilidade conjunta de governo, empresas e consumidores.
Muitas pessoas se perguntam o que poderiam fazer...
Bem, quanto ao governo e empresas, se você não está inserido nesse contexto, poderá fazer muita diferença se:
Escolher melhor os candidatos a cargos políticos, procurando saber se estão comprometidos e preocupados com as questões ambientais.
E o mais importante... Saber que os futuros políticos e empresários são nossos filhos. Então, se ensinarmos direitinho o dever de casa, não vai ser difícil aprenderem. Aí então, vamos ver nossas crianças derrubando leis que não protegem o planeta, tomando medidas que não agridem a biodiversidade e criando leis que vão assegurar o futuro de nossos netos, bisnetos, tataranetos... Ensinar o dever de casa não se restringe a explicar o que está acontecendo, vai além de ensinar o que fazer para mudar o contexto atual. É fundamental que façamos também. Não há ensinamento melhor que nossas ações como exemplo.
O dever de casa deve ser diário. Assim como ensinamos desde pequenos a escovarem os dentes todos os dias, pacientemente, até que sozinhos eles possam fazê-lo, criando uma tradição. Como o cacique Seattle... Sentado numa clareira, com seus jovens guerreiros ao redor, ensinando-lhes as tradições e as leis do universo, formaremos nossas crianças dentro de uma nova visão, respeitando as leis do universo. Tradições essas que serão passadas de geração a geração.
Para ensinarmos temos que antes pesquisar sobre o assunto. Fiquei surpresa com a quantidade de informações tão importantes, mas que não chegam ao nosso conhecimento com a mesma facilidade que outras. E estas, muitas vezes, até entram em conflito com a questão da preservação do planeta.
“Não penses mal dos que procedem mal; pensa somente que estão equivocados.”
Sócrates
Para evitar maiores equívocos, achei interessante comentar sobre os termos mais utilizados e o que significam, tendo o cuidado de consultar as fontes mais fiéis e comprometidas com o meio ambiente.
Biodiversidade
A biodiversidade, como o próprio nome sugere, é a vida em toda diversidade em que se apresenta, todas as espécies animais, vegetais, os microorganismos; todas as formas de vida, incluindo os genes contidos em cada ser vivo e a relação entre as espécies, partindo do princípio que umas afetam as outras.
A diversidade genética permite a adaptação da vida nos diferentes locais do planeta. Nos desertos, nas áreas congeladas, nos oceanos, em toda parte há vida e um relacionamento entre as espécies. A mais simples alteração em determinada área será capaz de afetar esse relacionamento, favorecendo ou ameaçando.
As principais ameaças a biodiversidade são: poluição, uso descontrolado dos recursos naturais, expansão da cultura agrícola, a expansão urbana e industrial.
Aquecimento Global
O aquecimento global é uma realidade que vem se agravando. É o resultado do efeito estufa, onde determinados gases (principalmente o dióxido de carbono - CO2 -) se acumulam na atmosfera, formando uma espécie de cobertor. A notícia boa é que o efeito estufa é um fenômeno natural servindo para manter o planeta aquecido. A notícia ruim é que o excesso desses gases deixa de ser natural e passa a ser prejudicial.
O equilíbrio é mantido quando as florestas e oceanos são capazes de absorver o excesso. Porém com a crescente queima de combustíveis fósseis (utilizado para a produção de petróleo, carvão e gás natural), o desmatamento e poluição dos oceanos esse equilíbrio foi quebrado, ameaçando a vida na Terra.
Entre algumas conseqüências do aquecimento global, que já estão acontecendo, destacamos o desequilíbrio climático (furacões, tempestades, inundações, ondas de calor, seca e deslizamento de terras), o aumento do nível do mar (provocado pelo derretimento das calotas polares) e a formação de regiões áridas.
No Brasil, 75% da emissão de CO2 na atmosfera são provenientes do desmatamento. Grandes áreas florestais são devastadas para exploração da madeira. Para diminuir esse elevado índice serão necessárias medidas que reduzam a emissão dos gases de efeito estufa, proibir desmatamentos e queimadas, incentivar o uso de energia renováveis (podendo usar energia solar e eólica), e reciclar os materiais. O Protocolo de Quioto é o único tratado internacional que obriga os países a reduzirem a emissão de gases de efeito estufa, porém nem todos os países assinaram o acordo.
Desenvolvimento Sustentável
É o desenvolvimento movido com a finalidade de suprir as necessidades sem causar danos à biodiversidade. O desenvolvimento sustentável entende que o equilíbrio da biodiversidade deve ser mantido, que os recursos naturais são finitos e buscam recursos renováveis, redução do uso da matéria-prima, estimulando a reutilização e reciclagem dos materiais existentes.
Um exemplo de desenvolvimento sustentável é a utilização do bagaço da cana-de-açúcar na fabricação do papel, substituindo a utilização da fibra de madeira, que são extraídas das árvores. Poucas pessoas conhecem a origem dos produtos que compram. Para produzir uma tonelada de papel é necessário derrubar 50 árvores, que levaram centenas de anos para atingir determinada altura.
Para o sucesso do desenvolvimento sustentável é imprescindível a conscientização do consumidor (eu e você) ao comprar papel da impressora, por exemplo, escolher o tipo de papel reciclado ou o ecológico (o que utiliza o bagaço da cana-de-açúcar como matéria-prima e que possui boa qualidade e apresentação, como esse livro, que foi impresso nesse tipo de papel, é claro!). Existem marcas de papel ecológico que não são do bagaço da cana-de-açúcar, ainda são produzidos a partir da fibra da madeira, mas que as empresas se comprometem a replantar as árvores derrubadas. Só não sei como funciona essa reposição em tempo hábil.
Agricultura Orgânica
A agricultura orgânica é um projeto de desenvolvimento sustentável, pois ela entende que o uso de agrotóxicos afeta o meio ambiente de forma agressiva. O uso de agrotóxicos extermina várias espécies de vida, como as abelhas, minhocas e um universo microbiológico contido no solo. O agrotóxico é absorvido pela terra chegando aos lençóis subterrâneos de água, contaminando rios e mares. Os produtos agrícolas que recebem esse tratamento também absorvem. O tomate, por exemplo, que comemos a casca, fica impregnado de agrotóxico, afetando a saúde do consumidor desavisado.
A agricultura orgânica desenvolve a agricultura em solo fertilizado por material orgânico - matéria de origem animal ou vegetal, resultante da decomposição natural dos resíduos vegetais (raízes, folhas, galhos, frutos) e animais (esterco de bovinos, aves e animais herbívoros) sem produtos químicos.
Pecuária Orgânica
Assim como a agricultura orgânica, a pecuária orgânica está baseada no desenvolvimento sustentável, pois a carne é produzida dentro de um sistema ambientalmente correto, da maneira mais natural possível, isenta de resíduos químicos. Os animais são tratados sem hormônios; os medicamentos utilizados nos animais são fitoterápicos e homeopáticos; os animais são vacinados e alimentados em pastos isentos de agrotóxicos.
As fazendas de criação de gado de pecuária orgânica são certificados, seguem normas rígidas de certificação orgânica e ambientalmente correta. São obrigados a manterem as matas nas áreas de beira de rio, são proibidos de utilizarem o fogo no manejo das pastagens e proibidos de usarem agrotóxicos ou qualquer outro produto químico no solo.
Animais Silvestres
Animais silvestres são aqueles que não são domésticos. Os animais domésticos estão habituados a conviver com as pessoas, como gatos, cachorros, galinhas e porcos entre outros. Os animais silvestres são os que vivem na natureza e a presença humana pode prejudicar o crescimento, desenvolvimento e reprodução. O papagaio, a arara, o mico e o jabuti são animais silvestres entre outros.
O tráfico de animais é crime. Os animais são capturados e retirados de seu habitat natural, presos e vendidos para fins lucrativos. O método utilizado para a captura e transporte desses animais é cruel. Muitos são escondidos no fundo de malas ou caixotes, sem ventilação, ficando vários dias sem água e sem comida. Em cada 10 animais capturados, nove morrem e um chega às mãos dos compradores.
Apesar da Lei de Crimes Ambientais, n. 9.605 / 98 - que proíbe a utilização, perseguição, destruição e caça de animais silvestres, prevendo pena de prisão de seis meses a um ano, além de multa para quem desrespeitar -, o papagaio é a ave mais vendida no Brasil e no exterior. Depois dele vêm as araras, os periquitos, micos, tartarugas e tucanos.
Não podemos esquecer que a retirada dos animais de seu habitat natural compromete todo o equilíbrio da natureza.
“Numa área natural não se tira nada além de fotografia; não se deixa nada, além de pegadas; não se mata nada, além do tempo; não se leva nada, além de lembranças.”
IBAMA
“Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante.”
Albert Schweitzer
O lixo
O Brasil produz aproximadamente 125.281 mil toneladas de lixo por dia. A maior parte vai para lixões, onde demoram em torno de 400 anos para se decompor. Enquanto isso, o “chorume” gerado (o “suco” do lixo) vais se infiltrando na terra, contaminando o lençol freático.
O vidro passa de 15 a 20 anos para se decompor e se reintegrar ao meio ambiente.
Quando engolem embalagens plásticas, os animais marinhos morrem estrangulados ou engasgados. A tartaruga, ao comer isopor jogado no mar, altera seu mecanismo de flutuação e mergulho e, sem poder mergulhar, acaba morrendo de fome.
A maior parte do que jogamos fora não é sujo, fica sujo depois de misturado.
Separar os materiais que podem ser reciclados faz parte do Desenvolvimento Sustentável, pois a quantidade de lixo a ser coletado fica muito menor e evitamos a poluição do solo, rios e mares. Esse material reciclável, quando separado pode ser reutilizado na fabricação de um novo produto, evitando o aumento da exploração da matéria-prima existente na natureza. O papel, por exemplo, quando reciclado, evita que árvores sejam cortadas (cada 50 kg de papel usado destinado à reciclagem evitam que uma árvore seja cortada.).
No Rio de Janeiro, existem Cooperativas de Catadores de Lixo que fazem o trabalho de recolher esse material reciclável. Essas Cooperativas vendem o lixo selecionado para fábricas de vidro, de latas, de plástico e outros, para serem reciclados e fabricar novos produtos.
Achei interessante fazer uma lista dos principais resíduos que podemos separar em casa, para não serem misturados com o lixo e depois procurar saber com o síndico onde podemos depositá-los. Se o seu condomínio ainda não possui esse sistema, seria uma boa oportunidade de começar, basta entrar em contato com a Cooperativa de Catadores de Lixo mais próxima.
Os principais materiais que podem ser reciclados são: papel, metal, plástico e vidro.
Não são todos os tipos de papel, metal, plástico e vidro que podem ser reciclados e devem ser separados por material. A seguir tem uma lista, por material, que devemos separar.
O tipo de papel que pode ser reciclados é: folhas e picotes de papel, jornais, revistas, caixas, papelão, formulários de computador, cartolinas, cartões, envelopes, rascunhos escritos, fotocópias, folhetos e impressos. Devem estar secos, limpos (sem gordura, restos de comida, graxa) e de preferência não amassados. O tipo de papel que não pode ser reciclado: adesivos, etiquetas, fita crepe, papel carbono, fotografias, papel toalha, papel higiênico, papéis engordurados, metalizados, parafinados, plastificados e papel de fax.
Os metais que podem reciclados são: latas de alumínio, latas de aço (óleo, sardinha, molho de tomate), ferragens, canos, esquadrias, arame. Os que não podem ser reciclados são: clipes, grampos, esponja de aço, latas de tintas ou veneno, lata de combustível, pilhas e baterias.
Os plásticos que podem ser reciclados são: tampas, potes de alimentos, PET, garrafas de água mineral, recipientes de limpeza, PVC, sacos plásticos, brinquedos, baldes. Os potes e frascos devem estar limpos e sem resíduos para evitar que animais transmissores de doenças fiquem próximo ao local de armazenagem. Os que não podem ser reciclados são: cabo de panelas, tomadas, adesivos, espuma, teclados de computador, acrílicos.
Os vidros recicláveis são: potes de vidro, copos, garrafas, embalagens de molho, frascos de vidro. Devem estar limpos e sem resíduos. Podem estar inteiros ou quebrados (embalado em papel grosso).
Pensei na responsabilidade que as indústrias deveriam ter com seus resíduos, quando li uma reportagem sobre uma legislação em tramitação na Austrália, autorizando as usinas energéticas poluidoras a capturarem e enterrarem o dióxido de carbono emitido e mandarem a conta para o contribuinte. A polêmica surgiu com o senador que defende conceder incentivos fiscais para as operadoras captarem e armazenarem o carbono. Já uma senadora pede ao governo que se explique: por que os poluidores não devem pagar para limpar a própria sujeira?
Pensei então, que seria interessante criar uma lei estabelecendo a obrigatoriedade das indústrias e fábricas de refrigerantes, por exemplo, se responsabilizarem por seus resíduos. Funcionando assim: para alguém comprar um refrigerante PET deveria devolver uma garrafa PET vazia. A empresa que fornece os refrigerantes para os estabelecimentos ficaria encarregada de recolher as PETs vazias e distribuir em cooperativas para reciclagem.
Não seria uma boa idéia?
Sei que o ideal seria substituir o PET por material ecológico, mas enquanto isso não acontece o fabricante deve se responsabilizar pelo lixo que produz. Até para incentivar a utilização de um material ecológico. Essa idéia pode se estender aos vários outros setores da indústria.
Já que estamos falando em origem e destino do lixo, precisamos saber que o destino final do lixo (que não pode ser aproveitado) é ficar depositado no solo.
Existem três formas de fazer isso: Lixões, Aterro Controlado e Aterro Sanitário. No Brasil, infelizmente, o mais utilizado ainda é o Lixão.
Mas qual a diferença entre Lixão, Aterro Controlado e Aterro Sanitário?
Boa pergunta! O Lixão é uma área á céu aberto, sem nenhuma preparação anterior do solo. Não tem um sistema de tratamento do “chorume”, que penetra na terra contaminando o solo e o lençol freático. O local fica infestado de moscas, ratos, pássaros e pessoas catando comida. Essa forma não está de acordo com os princípios básicos do Desenvolvimento Sustentável.
O Aterro Controlado, geralmente, é o Lixão que recebeu uma cobertura de argila e grama, para que a pilha de lixo fique impermeável à água da chuva. Um sistema capta o “chorume” e o gás metano (que é liberado pelo lixo). Esse sitema ainda não é o ideal.
O Aterro Sanitário é, entre as três opções, a forma mais adequada. O terreno é previamente preparado com nivelamento de terra e a base é impermeabilizada com argila e mantas de PVC, impedindo que o lençol freático não seja contaminado pelo chorume. Além disso, o chorume é coletado, com drenos de PEAD, para um poço, ficando seis meses circulando e recirculando sobre a massa de lixo aterrada. Depois de seis meses o chorume é encaminhado para estação de tratamento de efluentes. Tanto no aterro controlado como no aterro sanitário é feita a cobertura diária do lixo, impedindo a proliferação de vetores, mau cheiro e poluição visual.
“O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer.”
Albert Einstein
A SUIPA Sociedade União Internacional Protetora dos Animais
A SUIPA é uma instituição que se mantém através de doações, sem fins lucrativos, em defesa dos animais. Mantém um abrigo com cerca de 9 mil cães e 700 felinos.
São animais abandonados, que após receberem tratamento veterinário e humanitário ficam aguardando para serem adotados.
Infelizmente a conscientização para adotar um cãozinho requer também uma luta contra o preconceito e a falta de visão de que podemos transformar essa realidade.
Se por um lado não podemos adotá-los por alguma razão, por outro podemos fazer doações melhorando as condições e a qualidade de vida desses animais tão carentes. Sua contribuição pode ajudar a melhorar as instalações, alimentação, medicamentos e vários setores que a SUIPA desenvolve.
Além de ambulatório, abrigo e laboratório, a SUIPA presta serviços à população para orientar a respeito de: abandono de animais; animais em apartamento; controle de natalidade de cão e gatos; procura de animais perdidos; denúncia de envenenamento, maus tratos, etc; recolhimento de animais feridos em vias públicas; denúncia de estabelecimentos que vendem animais e outros serviços que podem ser desenvolvidos visando a proteção dos cães e gatos.
“Não importa se os animais são incapazes ou não de pensar, o que importa é que eles são capazes de sofrer.”
Jeremy Benthan
Aprendendo com a Natureza
A Natureza é perfeita e todos os seres deveriam estar em harmonia e equilíbrio. Essa é uma Lei do Universo. Por que será que o homem, considerado o único ser dotado de inteligência e raciocínio, justamente ele, conseguiu criar tantos conflitos e desequilíbrios na Natureza ao ponto de ameaçar a vida no Planeta?
Talvez seja exatamente o raciocínio. O lado racional é a fraqueza do Homem e o motivo de suas derrotas. Possuir o raciocínio criou a ilusão de que estaria acima dos animais e das plantas, portanto, teria a supremacia sobre todas as outras espécies e até mesmo sobre a própria natureza. Não percebe que é parte da natureza. Quis criar suas próprias leis, sem observar que tudo já estava pronto e Perfeito.
“A natureza é o único livro que oferece um conteúdo valioso em todas as suas folhas.” Johann
Goethe
O ciclo da água no planeta é um exemplo oportuno para ilustrar a Perfeição da Natureza e enfatizar a necessidade em mantermos esse equilíbrio seguindo um Desenvolvimento Sustentável.
O ciclo da água é a contínua circulação da água sobre o nosso planeta.
O volume total da água na Terra se tem mantido constante, desde o aparecimento do Homem na Terra, variando ao longo do tempo a sua distribuição por fases (sólido, líquido ou gasoso).
Mas, de acordo com a Organização das Nações Unidas, no último meio século a disponibilidade de água por ser humano diminuiu 60%, enquanto que a população aumentou 50%. Até 2025 os recursos de água sofrerão estresse ou escassez. Até a metade do século, pelo menos três quartos da população do planeta poderá enfrentar escassez de água.
O ciclo da água tem início com a radiação solar sobre a terra. O calor provoca: a evaporação da água dos oceanos, rios, lagos e solo; a transpiração das plantas e animais e a água das geleiras passam da fase sólida para vapor (sublimação).
Depois, a água, em forma de vapor, é transportada pelas massas de ar para as regiões mais altas das montanhas, onde encontra baixas temperaturas fazendo o vapor se condensarem formando as nuvens.
Quando a nuvem fica carregada de pequenas gotas, juntam-se, formando gotas maiores que ficam pesadas e caem sobre a superfície terrestre (chuva). Uma parte cai nos rios, lagos e oceanos. Outra parte cai sobre o solo, onde escoa sobre a superfície, alimentando rios que deságuam no mar. E outra parte infiltra-se no solo e nas rochas, através de poros e fissuras, alimentando os lençóis freáticos.
O ciclo da água é essencial para a renovação da água sobre a Terra. Começa evaporando a água do oceano e termina voltando para o oceano.
É maravilhoso e Perfeito!
Mas... Desde que o Homem entrou na História (somos uma espécie nova no planeta, comparada à idade da Terra) ficamos mais parecidos com a situação de um elefante colocado em uma cristaleira.
“O mundo tornou-se perigoso, porque os homens aprenderam a dominar a natureza antes de se dominarem a si mesmos.”
Albert Schweitzer
E é tão simples! Basta observar o ciclo da água e poderemos perceber que qualquer desequilíbrio afetará o planeta, como os que já estão ocorrendo.
A população do mundo está aumentando, a mudança climática global está ampliando a aridez e reduzindo as reservas em muitas regiões. Muitas fontes estão ameaçadas por dejetos, despejos de poluentes industriais, escoamento de fertilizantes e as águas subterrâneas estão sendo esgotadas.
Desde a Revolução Industrial as emissões de óxidos de enxofre e nitrogênio na atmosfera aumentaram. Indústrias e usinas termoelétricas que queimam combustíveis fósseis, principalmente o carvão, são a principal fonte desses gases. Já o setor de transportes são os grandes responsáveis pelo aumento dos óxidos de nitrogênio.
A água pura é um líquido cujas moléculas são formadas por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. Quando estão na atmosfera podem reagir com determinados gases, como óxidos de enxofre, nitrogênio e carbono, ocasionando chuvas ácidas.
As chuvas ácidas quando atingem o solo fazem com que as toxinas destruam minerais valiosos tornando o solo argiloso. Quando atingem rios e lagos altera o ph da água matando vários peixes. O baixo pH também faz circular metais pesados como o alumínio nos lagos. O alumínio faz com que alguns peixes produzam muco em excesso ao redor de suas guelras, prejudicando a respiração.
O crescimento de fitoplâncton é inibido pelos grandes níveis de acidez e animais que se alimentam deles são prejudicados. As árvores são prejudicadas pela chuva ácida de vários modos. A superfície cerosa das suas folhas é rompida e nutrientes são perdidos, tornando as árvores mais suscetíveis a gelo, fungos e insetos. O crescimento das raízes torna-se mais lento e, em conseqüência, menos nutrientes são transportados.
A chuva ácida pode transformar a superfície do mármore em gesso.
A falta de acesso à água pode levar à fome, doença, instabilidade política e até mesmo conflito armado.
“Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém morreria de fome.”
Mahatma Gandhi
Outros desastres estão relacionados com as ações do Homem...
Mas, felizmente, alguns seres despertos e ligados à Energia Inteligente e Perfeita, perceberam que a Natureza é capaz de dar grandes lições. Numa atitude humilde - aceitando que utilizando apenas nosso lado racional somos desastrosos - buscam na perfeição da Natureza soluções incríveis para as mais diversas situações.
Peter Forbes, na revista Scientific American Brasil, descreve com muita habilidade a descoberta do cientista Withelm Barthlott, da Universidade de Bonn, na Alemanha.
Barthlott, ao observar a Natureza, descobriu e desenvolveu o “efeito lotus”, que pode tornar uma superficíe dotada da característica auto-limpante. Ele observou a lótus-sagrada, planta aquática perene, radiantemente graciosa, que exerceu importante papel nas religiões orientais. Cresce em águas lamacentas, mas suas folhas, quando emergem acima da água, nunca se sujam. Foi observando a lótus que Bartholott descobriu que a lótus possui na superfície de sua folha cerume e calosidades microscópicas que a recobrem. A água sobre ela forma gotículas quase esféricas que deslizam sem atrito, como se fossem rolamentos. Da mesma forma a poeira toca apenas o topo das calosidades das folhas de lótus. Os pingos da chuva molham facilmente a poeira, conduzindo-a para fora da folha.
Barthlott percebeu que se as superfícies rugosas enceradas fossem sintetizadas, o efeito lótus artificial poderia ter muitas aplicações. Patentiou a idéia de construir superfícies com calosidades microscópicas para torná-las auto limpantes. Já desenvolveram tintas para paredes exteriores, toldos e coberturas, onde bastará a água da chuva para limpar a superfície. Pense em quanta água podemos economizar com a superfície auto-limpante. Pense em quanto de sabão e detergente (altamente tóxicos para os sistemas aquáticos) deixaríamos de usar se essa tecnologia for aplicada em roupas, louças, carros e etc.,
Barthlott não se deteve no lótus e adverte que muitas outras plantas e animais podem possuir propiedades úteis. Atualmente está pesquisando plantas como a alface d’água Pistia e a samambaia flutuante Salvinia que aprisionam ar na superfície de suas folhas. À partir dessas propriedades desenvolveu tecidos que permanecem secos sob a água por quatro dias. Mas a grande vantagem seria reduzir o atrito nos cascos de navios.
Milhões de anos antes da descoberta do efeito lótus, um pequeno besouro do deserto da Namíbia, no sul da África, já utilizava esse efeito para coletar água para sobrevivência.
O deserto da Namíbia é extremamente inóspito. As temperaturas durante o dia chegam a 50°c e a chuva é rara. A única fonte de umidade é a espessa neblina da manhã, trazida por uma intensa brisa.
O besouro desenvolveu um método para retirar água dessa neblina: ele se curva com a cabeça baixa e as costas para cima, na direção do vento carregado de umidade. A água se condensa em suas costas e escorre até a boca. Esse raciocínio científico utilizado pelo besouro inspirou novas tecnologias para a coleta de água em regiões áridas.
Outras pesquisas estão sendo desenvolvidas à partir da observação da Natureza, como a seda da aranha, que é mais dura que uma massa equivalente de aço; a cola de mexilhão que funciona embaixo da água e os cabelos nanoscópicos que permitem que as lagartixas andem no teto.
Uma nova fonte potencial de biocombustível vem sendo pesquisada com microalgas. O objetivo é fornecer biodiesel para o transporte. As microalgas, sob condições de estresse produzem ácidos graxos, que é a matéria prima do óleo combustível. Para se multiplicarem, as microalgas necessitam somente da luz do sol, água (que pode ser a água do mar), sais inorgânicos (de fósforo, de nitrogênio) e o mais incrível é que elas precisam consumir o gás carbônico (CO2) – um dos gases responsáveis pelo efeito estufa que tanto nos incomoda é um alimento para as microalgas -. Além disso é um recurso renovável e biodegradável.
Janine Benyus, autora de “Biomimicry”, em depoimento no filme “A última hora” de Leonardo Dicapri, explica como o trabalho é desenvolvido. É só pensar em como a natureza resolve as questões e trazer para o cotidiano como solução inteligente e sustentável. Somos nós que devemos nos adaptar à natureza e não o inverso.
Para criar cor sem utilizar tinta tóxica, como o cromo, por exemplo, faz-se a seguinte pergunta: “Como a natureza cria a cor?”
E, em resposta, observa-se as diversas cores encontradas na natureza. Dessa forma encontaram a cor estrututal presente nas borboletas, nos pavões e nos besouros irisdescentes.
A cor estrutural não é obtida com pigmento. São diversas camadas, sendo que, as últimas camadas das asas da borboleta, por exemplo, são estruturas de forma a deixar passar a luz, que se reflete e se amplifica aos nossos olhos. Podemos ver o azul, o amarelo e o dourado, mas o único pigmento que de fato existe é o marrom. As últimas camadas é que brincam com a luz para criar as cores para os olhos. Não precisam ser repintados. Não há chumbo, nem cromo. A cor estrutural é quatro vezes mais brilhante que a pigmentada.
Janine Benyus ilustra, com outro exemplo, a tecnologia que pode ser copiada da natureza e que diz respeito a materiais extremamente rígidos como o interior de uma concha bivalva, a madrepérola. É algo iridescente e duas vezes mais rígido que a cerâmica. Ela é feita de modo que o organismo macio libera, na água do mar, proteínas. Moléculas tridimensionais se modulam em chapas que possuem cargas atraindo o cálcio e o ácido carbônico presente na água do mar. Então, o material da concha a mineraliza e cristaliza em plena água do mar. O resultado é um material em camadas como uma massa folhada, só que de material rígido e proteína macia.
Observando esse processo da natureza, pesquisas estão desenvolvendo, a partir da areia liquefeita, um novo material, opticamente límpidos, feito em camadas rígidas e macias, que não necessita do calor (energia de combustível fóssil) para sua fabricação e podem substituir o vidro. Tudo é feito em temperatura ambiente e é sete vezes mais rígido que o vidro comum.
Esse tipo de pensamento está relacionado com a idéia de que fazemos parte de um Todo. E quando estivermos desenvolvendo algum projeto, por mais simples e inocente que ele possa parecer, deve levar em consideração o Todo. Faça a pergunta: “Como a natureza resolveria esse projeto?”.
Observe a natureza, temos muito que aprender com ela!
“É triste pensar que a natureza fala e que o gênero humano não a ouve.”
Victor Hugo
“Não são muitas as pessoas dotadas para a apreensão da Natureza e para a sua utilização imediata. A maior parte gosta de descobrir entre o conhecimento e a utilização uma espécie de castelo nas nuvens, que se entretêm a aperfeiçoar, esquecendo assim ao mesmo tempo o objeto e a respectiva utilização. Do mesmo modo, não é fácil compreender-se que o que acontece nos grandes domínios da Natureza é o mesmo que sucede nos mais pequenos. Mas se a experiência o indica com premência, os indivíduos acabam por aceitar tal idéia de bom grado. Há um parentesco entre a fricção de fragmentos de palha por uma vareta de âmbar depois de friccionada e a mais terrível das tempestades. Em certo sentido é o mesmo fenômeno. E há outros casos em que não temos dificuldade em aceitar essa micromegalogia. Mas, rapidamente somos abandonados pelo puro espírito da Natureza e apodera-se de nós o demônio do artifício, que sabe sempre insinuar-se em todos os campos.”
Johann W. von Goethe, in 'Máximas e Reflexões'
Johann W. von Goethe, in 'Máximas e Reflexões'
Para abraçar todas as razões e todas as maneiras que dispomos para modificar a realidade atual e futura seriam necessários vários livros... Seria fundamental incluir nas escolas, matérias como Filosofia, Sociologia, Ètica, Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e outras, nos primeiros anos de idade escolar, para estabelecer essa formação e tradição nas crianças.
Nesse capítulo escolhi timidamente assuntos e ações apresentadas para despertar a criatividade e mostrar o potencial que temos para mudar o mundo, com pequenos gestos, mas que farão toda a diferença.
Não podemos esquecer que além de ensinar as crianças, que serão futuros políticos e futuros empresários, também somos todos, sem exceção, consumidores. E o mercado acompanha nossas escolhas. Temos o poder de mudar o que nos oferecem, principalmente em termos de qualidade.
Embora tenhamos a impressão de que nada podemos fazer, essa é mais uma ilusão, uma visão distorcida, que podemos corrigir quando fizermos uma pequena análise.
O que acontece quando deixamos de comprar determinado produto? Ele vai sair do mercado não é mesmo! E tem muitas coisas que precisam sair do mercado... Então, vamos lá... Vamos pensar...
Se nos negamos a comprar animais silvestres, que são capturados e vendidos de forma desumana, e que corresponde a uma realidade que não tínhamos observado, se não compramos, eles não têm mais razão para continuarem capturando e vendendo.
Se começarmos a comprar carne orgânica, que apresentam as condições mais saudáveis, que protegem o meio ambiente e as condições em que os animais são tratados, a demanda de carne orgânica vai aumentar, obrigaremos os outros criadores de gado a se enquadrarem nessas condições e o preço da carne orgânica vai diminuir devido o aumento da procura e da concorrência. È assim que funciona o mercado. Na realidade é o consumidor que dita as regras. Então o que estamos esperando?
A mesma coisa vai acontecer com as frutas, legumes e verduras orgânicos. Os alimentos orgânicos são produzidos sem uso de agrotóxicos, em solo cuidadosamente fertilizado por material orgânico e sem produtos químicos. A procura por esses alimentos vem crescendo, conforme aprendemos que a sua produção favorece a sustentabilidade do planeta, não agride o meio ambiente, não polui o lençol freático nem o solo com agrotóxicos, por isso não tem riscos de causar doenças. Mas o preço assusta os consumidores, mas à medida que aumentar a procura, o preço diminui.
Os transgênicos, ao contrário, são alimentos geneticamente manipulados em laboratório com a finalidade de ficarem mais resistentes às pragas, mas as pragas e ervas-daninhas ficam mais resistentes aos agrotóxicos, então se aplicam mais agrotóxicos ainda, além de afetar negativamente a biodiversidade do ambiente, matando abelhas e outros pequenos animais, não há um estudo das conseqüentes mutações que se formam a partir dessas manipulações. Esses alimentos, portanto, devem sair do mercado, não é?
E assim podemos fazer com todos os produtos que nos são apresentados. Procurando saber sua procedência, vamos saber se merecem ficar no mercado.
Tirando o exemplo da própria Natureza, uma formiguinha sozinha não consegue carregar seu alimento, mas várias formiguinhas fazem o estoque de alimentos para todo o inverno.
Não fica esperando o seu vizinho fazer, para só então fazer também. Tome a iniciativa, talvez ele demore um pouco mais... Talvez esteja esperando por você... È o nosso dever de casa...
"Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez só porque podia fazer muito pouco"
Edmund Burke
Enquanto pesquisava e escrevia sobre os meios de preservar o planeta, as sincronicidades não cessavam de me surpreender. Uma delas foi o filme “A última hora”, produzido por Leonardo Dicapri. Na verdade a capa do filme chamou minha atenção: o planeta Terra com a marca de uma pegada do homem em cima do planeta.
Imediatamente comprei o filme e, surpreendentemente, ao assisti-lo, vi muitos assuntos relacionados com esse livro, de forma que aproveitei pontos interessantes do depoimento de Janine Benyus. É um filme de conteúdo riquíssimo, com depoimentos de Oren Lyons, Homero Aridjis, David Suzuki e outros expoentes do Meio Ambiente.
Essas coincidências de informações simultâneas e compartilhadas em locais distantes do planeta correspondem a Energia Inteligente e Perfeita a qual estamos todos ligados. Carl Gustav Yung denominou esse fenômeno de “Inconsciente Coletivo”.
Outro fato interessante foi após assistir uma reportagem sobre a devastação que está ocorrendo na Amazônia: Queimadas para fazer pasto; exploração da madeira; derrubada de grandes áreas da floresta para se passarem por áreas improdutivas e assim obterem a posse legal dessas áreas. Essas ações são ilegais, constituindo crime ambiental, mas a forma de controlar e reprimir são ineficientes. Fiquei assustada com o tamanho da devastação.
Fui dormir pensando nisso e sonhei que tinha iniciado um movimento para tornar Toda a Amazônia um Patrimônio Natural Tombado da Humanidade, e não apenas uma parte. O Tombamento seria feito de forma sustentável, de forma que pudéssemos colher seus frutos sem destruí-la. Todos corriam em minha direção para assinar o abaixo assinado, pessoas do mundo inteiro desejavam que isso se tornasse realidade. Seria um abaixo assinado, que após coletar assinatura de muitos habitantes do Brasil e do mundo, enviaríamos para a UNESCO. Para acelerar o processo várias folhas de um imenso livro foram distribuídas pelos diversos estados e cidades do Brasil e do mundo. Depois se juntavam num grande livro e conforme chegavam tinham as páginas numeradas. Tínhamos o apoio de ONGs e Fundações em todo o mundo.
Essa me pareceu uma grande idéia! Dessa forma, essa será minha próxima empreitada. E quando você estiver diante desse abaixo assinado, antes de decidir assinar ou não, pense... Pense nas gerações futuras. Não apenas por seus filhos, netos e bisnetos, mas como bem disse Oren Lyons: “Pense daqui a sete gerações... Por toda a vida.” Pense que você tem nas mãos a oportunidade de fazer a diferença! Podemos impedir que alguns poucos, que ainda não se conscientizaram da importância vital da Floresta Amazônica, continuem a explorar, inexoravelmente, em benefício próprio e motivo torpe (ganância e ignorância), um Bem que pertence a Toda Humanidade e que irá assegurar o equilíbrio do Ecossistema das gerações futuras!
“O impossível existe até quando alguém duvide dele e prove o contrário.”
Albert Einstein
É... Estou preocupada! Minhas ações se voltaram para o Desenvolvimento Sustentável. Não consigo mais comprar nenhum alimento que não seja orgânico; só compro papel ecológico (à base do resíduo da cana-de-açúcar) para impressora; vou propor ao síndico do meu condomínio a coleta seletiva (é incrível, mas ainda não tem coleta seletiva) e o meu sonho é construir uma casa auto-sustentável. Com captação da água da chuva, reaproveitamento da água utilizada (para regar o jardim, lavar a calçada e outras coisas) e uso de energia solar.
O material para construção deverá ser de demolição. Deverá ter o máximo de aproveitamento da luz natural para iluminar a casa e no jardim uma horta orgânica. Também tem que ter muitas árvores e muitos pássaros livres, abrigados e protegidos pelas árvores.
Essa casa tem que ser longe dos centros urbanos. Num bairro que não tenha bancos, nem shopping, nem sinal de celular. E muitas, muitas árvores... Que eu olhando da janela não possa avistar nada a não ser o verde.
Isso não é um conto de fadas. Isso ainda é possível!
“Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor.”
Goethe